Amizades e Reacionamentos Saudáveis

Preparando-se Para o Casamento


Escolhinha de futebol.  Aulas de piano.  Judô.  Dança.  Curso de Inglês.  Informática.  Cursinho.  O roteiro exaustivo de atividades e aulas pode deixar tanto pais como filhos tontos.  Mas o sacrifício não vale a pena?  Não devem os pais  se preocuparem com o amanhã dos seus filhos?  Não devem os filhos se esforçarem para construir um futuro melhor?  Cremos que sim.  Mas em todos esses preparativos para um futuro melhor, muitas vezes esquecemos do preparo mais importante de todos—para o casamento e o futuro lar dos filhos!

Uma das tarefas mais importantes dos pais, e certamente uma preocupação crescente entre os jovens, é o preparo para o casamento.  Deus estabeleceu o matrimônio como a primeira, a principal, e a mais importante instituição na sociedade (Gn 2:24).  Os ataques estratégicos de Satanás, que sabe que seus dias são limitados, focalizam o lar, especialmente nestes “últimos dias” (2 Tm 3:1-5).  Isso, porque o lar cristão foi feito para refletir a imagem de Deus: homem e mulher, dois-em-um, refletindo a Santa Trindade (Gn 1:27).  Satanás odeia a imagem de Deus, e tenta destruí-la aonde, quando e como puder, a começar com o lar.

Como somos ingênuos!  Como temos permitido que o inimigo nos engane!  Enviamos jovens ao altar matrimonial como cordeiros diante do açouge—sem preparo, sem idéia do que espera, sem plano para resistir o inimigo.

No nosso ministério de aconselhamento pré-nupcial, temos encontrado alguns casais que são exceção à regra—casais bem-equipados, bem-preparados, prontos para formarem lares felizes e duradouros.  Esses casais foram bem-orientados por seus pais, e se prepararam pelo casamento.  Mas como?  Temos desenvolvido uma lista de idéias práticas que jovens e seus pais devem considerar como parte do preparo para casamento.  Não há nada sagrado sobre nossa lista, mas talvez uma idéia ou outra sirva para fortalecer um futuro casamento.

1. Fazer uma lista de qualidades desejáveis no futuro cônjuge.  Essa lista deve ser dividida em duas partes: a) qualidades essenciais e b) qualidades desejadas (opcionais).  A lista serve para  estabelecer diante de Deus, sob a orientação da Sua Palavra e ANTES do namoro, exatamente o tipo de pessoa que o jovem crê que Deus quer para ele.

2. Estabelecer um “pacto de namoro”.  O ideal é que seja um acordo entre pais e filhos, mas nada diz que o jovem não pode firmar uma “aliança” entre ele e Deus só.  O pacto deve incluir padrões de namoro, traçar o tipo de envolvimento esperado entre qualquer namorado e os pais, e como o relacionamento deve caminhar em direção ao casamento.

3. Permitir que os pais sejam os “guardiões” do seu coração.  Provérbios 4:23 e 23:26 falam da importância do coração, e da necessidade de guardá-lo puro.  Deus constituiu os pais como protetores do coração de seus filhos.  O “palpite” deles em questões afetivas tem MUITO a ver com a estabilidade de um futuro lar.  Conversas abertas e francas, pedidos por conselho, honra e respeito da parte dos jovens vão longe no estabelecimento de relacionamentos sólidos no futuro.

Pais que amam seus filhos envolvem-se em suas amizades, seu namoro, e na pureza dos seus corações.  Símbolos de pureza moral podem ajudar os filhos a manterem-se puros em seus relacionamentos com o sexo oposto.  Os pais podem dar à jovem o presente de um pequeno coração de ouro para ser pendurado num colar, enquanto os pais guardam uma chave de ouro. O coração serve como lembrança contínua para a jovem de que seus pais guardam a chave do seu coração até o dia do casamento.  Uma aliança pode ter a mesma função na vida de um rapaz.

Parte fundamental desta “vigia” do coração dos filhos pelos pais inclui o exemplo de pureza moral dos pais, especialmente nos hábitos de entrenimento (filmes, programas de TV, revistas, Internet, etc.).  As ações dos pais falam mais alto que suas palavras.

4. Confiar na opinião da sua família e amigos chegados.  Provérbios nos lembra de que há segurança na multidão de conselheiros sábios—pessoas que nos conhecem, mas também conhecem a Deus (Pv 11:14,  15:22,  24:6).  Infelizmente muitos jovens ignoram o conselho de seus amigos, irmãos e irmãs—justamente as pessoas que melhor os conhecem.  Tragédias no casamento são o resultado freqüente.

5.  Procurar o acompanhamento de um casal mais maduro.  Recentemente nossa igreja implementou um programa de acompanhamento de jovens namorados.  São fortemente encorajados a procurarem um casal da igreja com casamento firme e feliz para serem os “conselheiros” do casal.  Esse casal, mesmo com suas imperfeições, espelha o que um casamento pode ser, e dá palpites práticos para ajudar os jovens.

6.  Procurar um “estágio” dos “interessados”.  O “estágio” nada mais é do que tempo investido por cada pessoa (de preferência, depois do noivado) na casa do outro.  O propósito é de conhecer tão de perto quanto possível os gostos, as tradições, os maneirismos, etc. dessa outra família.  O ideal seria que cada um morasse na casa do outro durante um período de tempo.  Esse “discipulado” pelos sogros também facilitará em muito a adaptação ao futuro casamento.

7.  Fazer um aconselhamento pré-nupcial.  Durante vários anos nossa igreja tem insistido nessa série de encontros informais e informativos durante os 6 meses antes do casamento.  Aconselhamento pré-nupcial dado pelo pastor e sua esposa ou outro casal de conselheiros serve como “medicina preventiva”.  O casal que quer levar a sério o seu futuro lar deve procurar esse tipo de acompanhamento antes do casamento.  Tópicos a serem abordados incluem: Comunicação; finanças; relacionamento com os sogros; criação de filhos; papéis de marido e esposa; sexualidade.

Não importa quantas dessas idéias (ou outras) um casal utiliza.  O que importa é que haja alguma preparação para o relacionamento mais significativo na face da terra, o casamento.  Afinal das contas, se preparamos jovens para passar no vestibular, por quê não os preparamos para passar na vida?